terça-feira, 29 de janeiro de 2013
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
FRAUDE NAS LOTERIAS
A Mega Sena da virada foi manipulada?
VALE MUITO A PENA LER! INCLUSIVE OS QUE APOSTAM!
Hoje me lembrei de um amigo meu do colégio, que sempre dizia que ele sabia que a loteria no Brasil era armada.
Ele me disse que ouviu a conversa entre o pai dele e um amigo do pai dele, que era dono de uma lotérica. Nossa, meu isso tem ERAS, e desde aquele dia, na sexta série, eu fiquei com a pulga atrás da orelha com relação a sorteio de loteria. Passou o tempo, esqueci, virei um jogador de loteria do tipo zero chance, aquele que acorda com um jogo formadinho na cabeça, prontinho, e nem joga…
Mas na mega da virada eu jogo. E (claro) nunca ganho.
Hoje apareceu uma denúncia mega-bizarra (mega-bizarra-da-virada, Há!). Todo mundo sabe que no Orkut tem comunidade de tudo que é m.... É um lixão aquilo lá, mas cavucando dá pra achar discussões interessantes. Lá tem uma comunidade que é chamada Cartola FC. Nessa comunidade tem um tópico chamado “podíamos fazer um dinheiro assim”.
Lá, o povo está debatendo metodologias para ganhar na loteria.
Sim, isso existe, meu amigo. Até pra tentar a sorte, tem gente que descobre macete. Bem não se trata exatamente de um macete, mas um método.
O método envolve um programa, que faz um fechamento combinatório de números. O programa é gratuito e chama-se COLOGA. O tal do cologa permite montar matrizes de apostas, de modo que você “cerca” com diversas apostas, uma certa sequencia de números, o que matematicamente, não garante que você ganhe, mas amplia suas chances. O cologa permite gerar as matrizes de jogos múltiplos em tudo que é tipo de loteria, Mega sena, Mega sena da virada, Loteca, LotoFácil, Lotomania, LotoMax, Loto6, Quina, Dupla Sena, Loto Gol, Timemania...
Até aí tudo bem. É legal usar sequenciadores matemáticos para gerar jogos “cercados”, e muita gente está rica graças a isso. (se vc descobriu que isso existe neste post, tentar a sorte e ganhar uma bolada, me manda uma grana de presente, ok?)
O lance é que no dia 15 de dezembro, muito antes da Mega Sena da virada, que todos sabemos que tem seu “sorteio” no dia 31, um sujeito lá, postando como Anônimo, mandou a seguinte pérola:
"Eu não deveria está falando isso aqui, mas meu tio é um dos diretores responsáveis pela 'Mega Virada'. Ele me afirmou que, neste ano, o ganhador será da Cidade de Goiânia. Podem printar."
Ninguém lutou muito, já que o Orkut e a internet, de um modo geral, está repleta de falácias idiotas.
Aqui está o ponto GUMP da situação. O Orkut não permite edição de postagens em comunidades. Logo sabemos de antemão que por uma limitação do sistema, o cara REALMENTE disse aquilo ali, seja serio ou de brincadeira, no dia 15. Ele poderia ter chutado? Poderia, logicamente. No entanto, o Brasil conta com nada menos que:
------------------ 5.564 municípios -----------------------
Isso faz do cara um "cagão" com um acerto em 5.564 chances. Ou…Ou a parada é realmente manipulada. Mas com o sorteio sendo realizado na frente das pessoas, como isso seria possível? Aqui está o X da questão.
Vamos apenas imaginar que uma quadrilha aparelhada dentro do sistema de loterias da Caixa Econômica crie “ganhadores fantasmas”. Eles não precisam fazer grandes produções tecnológicas. Basta pegar um sorteio qualquer.
Vamos dizer que o premio (recorde, a gigantesca e incomensurável soma de 250 milhões de reais) saia para duas pessoas. Alguém nas entranhas do sistema vai lá e “gera” um jogo com data retroativa com aqueles números ganhos.
No sistema de cadastro ele coloca o prêmio saindo no interior, (o que já dá para especular porque tantos prêmios saem no interior) na cidade em que escolher. Ali ele planta um laranja da quadrilha que vai sacar o prêmio e repassar aos membros da “equipe”. Nesse caso, os caras mordem duma só vez 81,5 milhões, que deve dar uma grana boa para cada um mais uma “taxa de cala-a-boca” se necessário for.
Ainda envolve a sorte? Envolve para os verdadeiros ganhadores, os dois carinhas que foram vilipendiados em parte do que lhes seria de direito. Mas com um prêmio tão monstruoso, ninguém jamais vai pensar em reclamar…
Voltando ao anônimo que fez a “previsão” da cidade em que o premio sairia, olhando os comentários subsequentes, podemos ver que varias pessoas começam a suspeitar que a história seja real e o cara passa a agir deliberadamente como se tivesse chutado de brincadeira. (isso se for ele mesmo, já que lá todo mundo é anônimo) Um comportamento atípico para alguém que acerta uma previsão.
Seja como for, se realmente houver uma quadrilha se aboletando do premio de loteria alheio, não seria nenhuma surpresa num país em que um deputado federal já ganhou mais de cem vezes na loteria.
Vamos parar um pouco para ler uma notícia deveras pertinente ao assunto:
2/09/2004 – 08h30
200 pessoas ganham 9.095 vezes em loterias
RUBENS VALENTE da Folha de S.Paulo
Um grupo de 200 pessoas ganhou 9.095 vezes em loterias da CEF (Caixa Econômica Federal) entre março de 1996 e fevereiro de 2002. Cada apostador desse grupo teve em média 45 bilhetes premiados –um número praticamente impossível de ser alcançado caso os jogadores não se dispusessem a gastar com apostas sempre muito mais do que ganhariam, segundo matemáticos ouvidos pela Folha.
Ao todo, o grupo ficou com R$ 64,8 milhões. Com base num primeiro levantamento do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) do Ministério da Fazenda, com 30 nomes, divulgado em março de 2003, a Polícia Federal abriu em junho último cerca de 20 inquéritos só em São Paulo para investigar os sortudos.
Mas o relatório total de 228.794 premiações, ao qual a reportagem teve acesso, revela outros casos de número de premiações acima da média. Pelo menos dois casos são de parlamentares. Eles não são investigados a respeito. O deputado federal Francisco Garcia Rodrigues (PP-AM) e seu filho acertaram 43 vezes em 21 jogos diferentes entre os anos de 1996 e 2000 (cinco jogos do deputado, 16 de seu filho).
O deputado Fernando Lucio Giacobo (PL-PR), 30, acertou 12 vezes em oito jogos num único e reduzido espaço de tempo: de 5 a 19 de junho de 1997. Levou ao todo R$ 134 mil.
Numa série impressionante, Giacobo acertou em três concursos seguidos da Mega Sena, 65, 66 e 67, e em dois seguidos da Quina, 305 e 306. “Só tem sorte. E existe Deus, ele deu uma olhadinha lá e uma benzida”, disse Giacobo.
Em São Paulo, um delegado da Polícia Civil venceu 17 vezes em concursos e tipos de jogos diferentes também num único e curto período: de 8 de agosto a 16 de novembro de 2001. O delegado de Polícia Civil Luiz Ozilak Nunes da Silva, 50, da Decap (Delegacia de Capturas) da Capital teve prêmios com sete bilhetes da Mega Sena, três da Federal, dois da esportiva, dois da instantânea, dois da Lotomania e um da Supersena.
Como o deputado Giacobo, o delegado nunca havia vencido antes disso. E nunca mais voltou a vencer. Segundo ele, parou de jogar em seguida, muito embora tivesse recebido R$ 355 mil. “Eu não acredito na sorte. Eu não aconselho isso [jogar]. Cada um tem sua vida, cada um sabe o que faz com o seu dinheiro”, disse. Ele está sendo investigado na corregedoria da polícia a pedido do Ministério Público por supostos “indícios de crime de lavagem de dinheiro por meio de loterias”.
Seqüências
O deputado Francisco Garcia Rodrigues e seu filho receberam R$ 811 mil em jogos federais. Num período de apenas 14 dias –26 de maio a 9 de junho de 1998–, seu filho firmou uma marca inesquecível. Venceu em três concursos seguidos da loteria esportiva, os de número 227 (R$ 22 mil), 228 (R$ 10,6 mil) e 229 (R$ 14,3 mil). Em outra seqüência, já havia acertado no 192 e no 193 (R$ 132 mil).
Poucos dias antes, no concurso de número 185, seu pai havia recebido R$ 409 mil. O deputado disse que jogava toda semana e hoje não joga mais, mas não se lembrou do endereço da lotérica em que fazia as apostas. Primeiro, disse que gastava “R$ 100, R$ 200″ por semana. Depois, disse não lembrar corretamente. Após ter atribuído as vitórias ao seu conhecimento de futebol e ao volume de apostas, também disse que usava “um computador”.
A chance de uma seqüência de prêmios ocorrer está perto do zero, segundo estatísticos consultados pela reportagem. Segundo eles, também “não existe” computador capaz de produzir uma fórmula que garanta uma aposta vitoriosa. Basta ver que 98,6% do total de 168.172 pessoas premiadas alguma vez entre 1996 e 2000, em todo o país e em todas as formas de jogo, acertou somente até quatro vezes.
A imensa maioria do grupo de apostadores sorteados relacionados pelo Coaf (cerca de 148 mil premiados) só foi premiada uma ou duas vezes (88% e 95,8%, respectivamente). Fenômeno No grupo dos 200, o líder em ganhar em loterias é um apostador paulistano que foi premiado 353 vezes (R$ 2,8 milhões). No primeiro relatório do Coaf, a imprensa divulgou que o comerciante Amauri Gouveia havia sido premiado em 25 concursos.
O relatório integral, contudo, mostra que Gouveia é um fenômeno muito maior. Ele acertou em 96 concursos da Quina, em 33 concursos na Mega Sena, em 25 da Loteria Federal e em 9 da loteria esportiva, além de outras modalidades. Até na raspadinha Gouveia impressiona: ele acertou nos concursos de número 60, 61, 64, 78, 88, 89, 90 e 91.
A freqüência de acertos de Gouveia na Quina (153 bilhetes premiados em 96 concursos) é inacreditável sob qualquer ponto de vista. Entre os concursos 501 e 529, ele simplesmente deixou de acertar em apenas dois. No resto, uma ou várias vezes, Gouveia sempre ia ao guichê de uma agência da Caixa Econômica Federal para receber seu prêmio. Como se fosse um salário semanal. A história de Gouveia é ainda mais misteriosa quando se considera que seus dois irmãos, Alécio Pedro e Adilson, também estão entre os seis maiores vencedores da lista, com 332 e 297 premiações.
Ao todo, os irmãos levaram para casa R$ 7 milhões. A Folha comparou os números dos concursos dos três, e encontrou poucas coincidências, o que afasta a hipótese de os altíssimos números de acertos se tratarem de vitórias em bolões familiares.
Os três irmãos possuem um supermercado na Vila Nova Cachoeirinha, na periferia de São Paulo. Procurados nos últimos oito dias, responderam por meio do gerente-geral do supermercado, Edson Andrade: “Eles não têm nada a declarar. Esse é um assunto fiscal, cabe explicar ao fisco”. 19 esportivas há vários outros casos que chamam a atenção pela seqüência de vitórias num único período.
Um apostador, identificado nominalmente pela reportagem, mas não localizado, venceu em 19 concursos da loteria esportiva somente entre janeiro de 2000 e novembro de 2001, quase sempre com valores expressivos. No dia 8 de fevereiro de 2000, ele levou R$ 399,7 mil.
Catorze dias depois, papou mais R$ 36 mil. Em março de 2001, esse apostador faturou R$ 249,4 mil na esportiva. Menos de seis meses depois, recebeu outros R$ 260,2 mil. Os jogos lhe renderam ao todo R$ 1,85 milhão.
Colaborou Marcelo Billi, da Reportagem Local
Se você é uma pessoa normal, já está com mil pulgas atrás da orelha com essa notícia, que é antiga. Veja agora o pronunciamento do Senador Álvaro Dias:
http://www.youtube.com/
Há quem pense se tratar de uma fraude do Banco. Mas penso que não. Não seria um bom negócio para o banco, mas sim para pessoas físicas envolvidas nas entranhas do sistema.
Pelo volume de dinheiro que a CAIXA arrecada com as loterias não tem porquê eles queimarem o nome do banco por coisa pouca. É só verificar o quanto arrecadam na loto fácil em cada concurso, em média 17.000.000,00.
Porém, é certo que há pessoas com variados graus de poder que estão interessadas na manutenção de atividade suspeita envolvendo loteria. Podemos perceber isso pelo caso do Ex-senador Gerson Camata.
20/8/2012 – O ganhador da mega-sena desta semana, que fez a aposta em Brasília e retirou seus R$ 14,1 milhões em São José do Rio Preto (SP), fez ressurgir antigas suspeitas de cartas marcadas, lavagem de dinheiro etc.
As suspeitas jamais foram confirmadas, mas Caixa intriga com sua luta para preservar a proibição de identificar o sortudo “por razões de segurança”. O Brasil é o único que adota a proibição: esta semana, o governo britânico mostrou o casal que levou R$ 470 milhões na loteria.
Forças ocultas
Quem propôs lei obrigando a divulgação do ganhador de loteria, como o ex-senador Gerson Camata (PMDB-ES), acabou obrigado a desistir.
Muito esquisito
O ex-senador capixaba acha que tem algo de esquisito na proibição de divulgar vencedor de loterias: “Sofri muita pressão”, lembra ele.
Muito curioso
O projeto de Camata previa que o apostador apenas informasse o CPF. A Caixa se opôs, claro. “O único argumento era a segurança”, conta.
Lorota
A alegação de “segurança” para esconder o ganhador de loterias é curiosa: afinal, o novo milionário não teria dificuldades de custeá-la. (Claudio Humberto)
Comentário: a pressão sofrida pelo então senador Gerson Camata para retirar seu projeto de transparência no jogo federal aumenta a suspeita de fraude nos jogos da Loteria.
A falta de coragem para que outros parlamentares coloquem a questão da obrigatoriedade da divulgação do nome do ganhador é quase uma confissão de cumplicidade com a banca do jogo.
A lavagem de dinheiro é um desdobramento desse “sigilo”, ainda que o Coaf tenha apertado o cerco sobre “felizardos” que ganharam dezenas de prêmios em sequência.
Seria “natural” que o Congresso tivesse interesse em liderar uma operação contra a exploração da boa fé da população.
A não divulgação dos nomes dos “sortudos” reforça a suspeita de práticas criminosas, para além da lavagem de dinheiro.
Estranhamente, o funcionamento da Loteria nunca foi objeto de uma ampla investigação séria no país, mesmo depois da revelação de que só um deputado ganhou mais de 200 vezes na Loteria.
Você pode continuar pensando que tudo ocorre na maior transparência. Mas aqui está um caso estranho, onde no Brasil, como nós sabemos, Jacaré nada de costas. Cada um que tire suas próprias conclusões.
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