Um ponto mal explicado na TRI (método usado para atribuir notas aos candidatos no Enem) provocou confusão sobre a nota de uma candidata do último exame.
Mesmo tendo entregue a prova em branco, a candidata Mônica Nunes tirou notas acima do mínimo divulgadas pelo MEC em dezembro.
Pelo método, os candidatos não podem tirar zero no exame, exceto na redação. Segundo o Inep (órgão ligado ao MEC e responsável pelo exame), as menores notas possíveis são as mínimas registradas.
Em ciências humanas, Mônica teve a nota de 252,9, quando o mínimo esperado era de 252,6. Já em Ciências da Natureza, tirou 269, quando o mínimo era de 265. Em Linguagens e Códigos, fez 304,2 e o mínimo era 301,2. Apenas em matemática, ela teve a nota mínima (321,6) divulgada à época. A candidata zerou a redação.
Acontece que as notas divulgadas em dezembro, esclareceu o MEC nesta terça-feira, referiam-se ao mínimo obtido por candidatos com deficiência visual. Para eles, algumas questões que exigem acuidade visual são desconsideradas, o que faz com que as demais questões tenham pontuação diferente da dos candidatos com visão normal.
Assim, a nota mínima dos candidatos sem necessidades eram um pouco diferentes, iguais as que Mônica tirou.
A candidata é professora de um cursinho pré-vestibular de Campinas e, para ter acesso à prova, ela se inscreveu no exame, compareceu e saiu assim que pôde com o caderno de questões.
"Fui fazer [o Enem] apenas para pegar a prova e podermos fazer a correção para os alunos. Fiquei o tempo mínimo na sala e entreguei o gabarito em branco nos dois dias", afirmou a professora. Ela só resolveu a prova de física, mas não transcreveu as respostas para o gabarito.
Fonte: folha.com
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